Justiça bloqueia redes sociais de racistas que deram banana e macaco de pelúcia a crianças no Rio

A Justiça do Rio de Janeiro concedeu pedido de liminar nesta terça-feira (13) e determinou  o bloqueio das redes sociais das influenciadoras digitais Kérollen Cunha e Nancy Gonçalves pelo período de seis meses. Elas são acusadas de racismo após compartilharem vídeo em que dão bananas e macacos de pelúcia a crianças negras.

A decisão envolve as contas de mãe e filha no YouTube, Instagram e TikTok. A suspensão é assinada pela juíza substituta Juliana Cardoso Monteiro de Barros, da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca de São Gonçalo (RJ).

Caso criem perfis alternativos, Kérollen e Nancy estão sujeitas a multa diária de R$ 5 mil. Os conteúdos que ferem direitos infantojuvenis também devem ser removidos. A juíza ressaltou o grande alcance das contas, o que potencializou a exposição dos menores abordados pela dupla.

“Como bem consignado na peça inicial, as redes sociais das requeridas nas plataformas YouTube, Instagram e TikTok somam cerca de 14 milhões de seguidores, o que fez com que as publicações tivessem ampla repercussão. Frise-se ainda que a ampla repercussão e disseminação das publicações podem ter sido ‘monetizadas’, trazendo além da grande visibilidade, lucros financeiros às requeridas às custas de situações que afrontam direitos fundamentais, tais como a dignidade da pessoa humana”, argumenta Juliana.

Os perfis de Kérollen e Nancy se tornaram alvo de apuração pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por possíveis infrações ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Esta não foi a primeira vez que as duas se envolveram em polêmicas. Em 2021, elas se filmaram humilhando um motorista de aplicativo. Na gravação, a dupla afirmava que o veículo do homem tinha “cheiro podre”. Uma delas chega a dizer que o motivo para tanto era o cabelo do motorista. 

A publicação foi tirada do ar pelas influenciadoras após as polêmicas. À época, após serem acusadas de racismo, Kérollen e Nancy se retrataram por meio de um vídeo e afirmaram que tudo não passou de uma “trolagem”.

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