Marçal tinha 24h para retirar, mas driblou a ordem da Justiça e atacou de novo. Coach alucinado do PRTB, candidato à Prefeitura de São Paulo, ofendeu e fez grosserias contra todos os candidatos no debate da Band
O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) determinou, na última sexta-feira (9), que o “coach” e candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), apague publicações feitas nas redes sociais sobre Guilherme Boulos (PSol).
O candidato driblou a determinação da Justiça Eleitoral e fez novas acusações, sem provas, contra Guilherme Boulos (PSOL).
Na postagem, Marçal insinuou que Boulos seria usuário de cocaína. A insinuação ocorreu também no debate promovido pela Band, na noite de quinta-feira (8).
O candidato da extrema-direita se apresenta para o pleito com os mesmos estereótipos do líder dele, que o ex-presidente inelegível Jair Bolsonaro (PL).
No precário debate entre os principais contendores, Marçal agrediu e fez grosserias com todos os concorrentes, além de ter chamado a cidade de São Paulo de “merda”. E também insultou os eleitores, a quem chamou de “burros”, já que a disputa está polarizada entre o atual prefeito Ricardo Nunes e Guilherme Boulos.
Segundo a pesquisa do instituto Datafolha divulgada, na última quinta-feira (8), Ricardo Nunes aparece com 23% das intenções de voto. Guilherme Boulos conta com 22%. Pablo Marçal e José Luiz Datena contabilizam 14% das preferências cada.
PRAZO
De acordo com a decisão, Marçal tinha até 24 horas para apagar as 5 postagens feitas nas redes do Instagram, X e TikTok. As publicações reproduzem momentos do debate em que Marçal fez as insinuações.
Segundo o UOL, a campanha de Marçal não se manifestou sobre a decisão. Nas redes sociais, o candidato divulgou vídeo em que Boulos defende a legalização da maconha e outras drogas durante entrevistas.
A Justiça Eleitoral informou, ainda, que analisa pedido de direito de resposta.
DIREITO DE RESPOSTA
A campanha de Boulos, além pedir direito de resposta, quer que o MPE (Ministério Público Eleitoral) se manifeste sobre o assunto.
Segundo o PSol, o caso fere a legislação eleitoral brasileira e representa ataque à democracia.
O candidato do PSol também protocolou notícia de crime eleitoral contra Marçal por divulgar “notícias falsas com o intuito de influenciar o pleito eleitoral e crime contra a honra de Boulos”.
DEBATE NA BAND
Na última quinta-feira (8), ocorreu o primeiro debate da série das eleições municipais de 2024. Foi realizado pela Band, com candidatos às prefeituras de 19 cidades, sendo 13 capitais, simultaneamente.
O mais aguardado, o de São Paulo, com a presença de Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB), Tabata Amaral (PSB), Guilherme Boulos (PSol) e José Datena (PSDB).
Foi a primeira vez que os candidatos se enfrentaram tête-à-tête. E Marçal protagonizou show de bizarrices e baixarias.
O debate propriamente foi fraco, porque não despertou a atenção que mereceria da população. Talvez, por ser o primeiro da série, e a população ainda não estar atenta aos fatos que protagonizam o pleito municipal de outubro próximo.
M. V.