O líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), fez uma análise da situação e confessou, neste fim de semana, em uma de suas redes sociais, que o governo não tem apoio nenhum no Congresso Nacional. “A base de apoio simplesmente não existe. É a realidade”, admitiu ele, explicando que isso ocorreu porque “a eleição foi atípica”.
Contestado pelo colegas, Vitor Hugo creditou o “sucesso” de seu trabalho como líder às orientações de Jair Bolsonaro. No twitter, ele explicou que tudo que faz é por orientação direta do presidente, a quem se refere como o “01”. “Sei o que estou fazendo e estou alinhado com o 01”, disse Vitor Hugo.
E, aí veio a explicação que faltava para a garantia de que tudo vai dar certo: “Não posso falar tudo, claro, para não abrir toda a estratégia e perder a efetividade das ações”, explicou o astuto parlamentar.
E, para encerrar de vez as dúvidas, ele sacou suas credenciais políticas. “Peço confiança e apoio de vocês. Sou militar da reserva, tendo servido mais dez anos no contraterrorismo, Forças Especiais/EB. Sou também advogado e fui o primeiro lugar do Brasil no concurso Câmara dos Deputados 2014, na área de Defesa Nacional e Segurança Pública”, disse.
Não “abrir o jogo” e ter essas “credenciais” espetaculares não impediram que o governo sofresse duas derrotas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara ao tentar votar a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência.
Cobrado pelos resultados negativos, o “líder” Vitor Hugo tirou o corpo fora. Disse que “a responsabilidade de criação dessa base é compartilhada com vários atores”. Ele se referia à Casa Civil e à Secretaria do Governo. “Sem deixar de lado o partido, o PSL”, lembrou.
Tentando agradar os insatisfeitos, ele prometeu que o PSL será levado em consideração na formação da base de apoio. “O PSL, meu partido, mas do qual não sou líder, é também o do Presidente. Não faz sentido não ser a pedra angular da futura base”, observou.
As redes sociais do líder bolsonarista