O processo de transição começou oficialmente com o encontro, nesta quinta-feira (3), dos principais membros da equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o ministro Ciro Nogueira (Casa Civil), que chefia os trabalhos pelo lado do governo Bolsonaro.
A reunião, no Palácio do Planalto, teve a presença do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), escolhido por Lula para coordenar a equipe de transição, que estava acompanhado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, além de Aloizio Mercadante, coordenador do plano de governo do petista.
Alckmin disse que a conversa foi “bastante proveitosa” e que a “transição já começou”.
A legislação prevê que o presidente eleito tem o direito a 50 cargos, incluindo o de coordenador, em sua equipe de transição. Eles deverão ter acesso aos dados da administração pública, para preparar as primeiras medidas do novo governo.
O vice-presidente eleito não falou ainda em nomes para compor a equipe, mas antecipou que eles virão de partidos que compuseram a coligação de Lula nas eleições. Ele afirmou que nomes do MDB e do PDT, que aderiram à candidatura no segundo turno, devem fazer indicações e não descartou a participação de nomes de partidos de centro.
Sobre a equipe de transição, Gleisi Hoffmann, que está encarregada da articulação política na transição, já tinha antecipado que havia sido feito um convite para o MDB indicar uma pessoa.
“A maioria do MDB já está conosco, participou da campanha e agora queremos que participem da transição”, disse a presidente do PT.
Além do MDB, Gleisi já conversou com o PSD e pretende, a partir da próxima semana, procurar presidentes de outras siglas, como União Brasil, PSDB e Cidadania.
Os membros já escolhidos da equipe, que vai trabalhar no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, devem fazer uma visita ao local nesta sexta-feira (4), para começar os trabalhos na segunda (7). “Gleisi e o Mercadante vão lá fazer uma visita e nós deveremos começar a partir de segunda-feira”, disse Alckmin.