O presidente Lula confirmou, nesta quinta-feira (1), a indicação de seu advogado, Cristiano Zanin, para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em vaga aberta com a aposentadoria de Ricardo Lewandowski.
Lula disse que Zanin “se transformará em um grande ministro da Suprema Corte. Conheço suas qualidades, formação, trajetória e competência. E acho que o Brasil irá se orgulhar” de tê-lo no STF.
O presidente se encontrou com Zanin na noite de quarta-feira (31) no Palácio do Planalto. Ele já avisou outras autoridades, como o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e a presidente do STF, Rosa Weber, sobre a nomeação
Cristiano Zanin, que tem 47 anos, atuou como advogado de Lula a partir de 2013.
Para chegar ao STF, o advogado precisa ser sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e aprovado pelo Plenário – o que Lula já disse que acredita que irá acontecer.
O ministro da Justiça e ex-juiz federal, Flávio Dino, comentou pelas redes sociais que Cristiano Zanin “preenche plenamente os requisitos constitucionais para a indicação presidencial ao Senado, visando à nomeação para compor o STF”.
“O Dr. Zanin demonstrou ter notável saber jurídico e reputação ilibada, conforme disposto no artigo 101 da Constituição. A sua indicação é também um reconhecimento ao papel dos advogados para o bom funcionamento da Justiça”, disse.
O ex-ministro do STF, Ricardo Lewandowski, afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que Zanin “é um experiente e combativo advogado que preenche todos os requisitos constitucionais para ocupar uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal. Será, com certeza, um magistrado competente e imparcial”.
Lewandowski se aposentou em abril de 2023.
Na noite da quarta, antes do anúncio da indicação, Zanin se reuniu com Rodrigo Pacheco, com o presidente da CCJ do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) e com os ministros do STF, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.
Gilmar Mendes já disse que Zanin é um “excelente advogado”.
Luís Roberto Barroso, que também é ministro da Corte, apontou que Zanin “atuou com elevada qualidade profissional em casos que tramitaram perante o Supremo”.
“Minha visão dele é a de um advogado sério e competente, que exibiu dedicação ao cliente e conduta ética, mesmo diante da adversidade. Da minha parte, será muito bem-vindo”, afirmou.
O último indicado para o STF foi André Mendonça, nomeado por Jair Bolsonaro. Mendonça era ministro da Justiça de Jair, que também falava que indicaria alguém “terrivelmente evangélico”.