Encontro deverá ocorrer na próxima terça-feira (8) em Brasília
Além de ter recebido convites para encontros internacionais, como a COP 27 no Egito, sobre meio ambiente, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja se reunir na próxima terça-feira (8) com a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF); com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado e do Congresso Nacional; e com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados.
Lula, que foi convidado pelo presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sissi, para a Conferência do Clima e já confirmou sua presença, descansa da maratona eleitoral por alguns dias com a esposa, Rosângela Silva, conhecida como Janja, na Bahia e depois viaja para Brasília na segunda-feira (7).
Ele participará em Brasília dos encontros com os chefes dos demais poderes. Os diálogos com representantes dos poderes Judiciário e Legislativo fazem parte do esforço para fortalecer a estabilidade institucional.
O ex-governador de São Paulo e vice eleito junto com Lula, Geraldo Alckmin (PSB), escolhido pela chapa vencedora para coordenar o processo de transição de governo, irá mais cedo para a capital federal e deverá trabalhar em conjunto com a presidente nacional do PT, deputada federal reeleita Gleisi Hoffmann, e o ex-ministro Aloizio Mercadante.
A ideia é começar a transição focando no acesso a dados do governo federal e sem pressa para anunciar nomes de ministros, até porque essa articulação passa pela prioridade do governo eleito no momento, que é buscar maioria no Congresso Nacional no próximo ano.
Gleisi é quem está liderando essa frente. A deputada vem negociando com lideranças que são aliados em potencial, como o presidente do MDB, Baleia Rossi. Há muitos emedebistas que já apoiaram Lula abertamente, incluindo a senadora Simone Tebet, que foi candidata a presidente pela legenda. Simone foi decisiva na ampliação da frente de apoio a Lula no segundo turno das eleições.
Pelo lado do governo também há movimentação para garantir a transição. Além do anúncio do chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, de que estava autorizado a iniciar o processo, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), telefonou, na terça-feira (1), para o líder da oposição na Casa, Wolney Queiroz (PDT-PE), a fim de dar início à transição.