
O ex-presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (sem partido-RJ), foi indicado para assumir a vice-liderança da Oposição na Casa.
A indicação foi feita pelo líder deputado Alessandro Molon (PSB-RJ). Outros sete parlamentares, todos de partidos oposicionistas, exercem a função.
Desde março, o líder é o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ). Atualmente, já são vice-líderes da oposição os deputados Tadeu Alencar (PSB-PE), Perpétua Almeida (PCdoB-AC), Fernanda Melchionna (Psol-RS), Jorge Solla (PT-BA), Leônidas Cristino (PDT-CE), Enio Verri (PT-PR), Paulo Teixeira (PT-SP) e Chico D’Angelo (PDT-RJ).
Maia presidiu a Câmara de 2016 a 2021.
O antagonismo do ex-presidente com Jair Bolsonaro radicalizou-se nos últimos meses, período em que o deputado deixou o DEM. Ele ainda não anunciou sua nova sigla.
Crítico do governo, Maia considera que, ao atacar a democracia e as instituições, Bolsonaro afasta investimentos e joga o país numa crise sem precedentes.
“Brasil de Bolsonaro. Empresas abandonando o nosso país. Reforço o que disse anteriormente: investidor de longo prazo não investe em país que ataca as próprias instituições”, afirmou nas redes sociais.
Sobre o desfile de tanques na Esplanada dos Ministérios, na manhã de terça-feira (10), o ex-presidente da Câmara fez uma comparação:
“O último presidente que inventou ficar passeando de tanque terminou mal o governo e foi preso: Alberto Fujimori, no Peru”, sentenciou.
INDEFERIMENTO
Ao final do dia de hoje (12), o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL), com base no regimento da Casa, indeferiu a indicação feita por Molon, justificando que Maia, para exercer a vice-liderança da Oposição, deve estar filiado a um dos partidos contrários ao governo, o que não ocorre no momento, pois ele se encontra sem partido após ter-se desfiliado do DEM.