Ele desobedeceu portaria do Comando do Exército, publicada em 2019, que proíbe manifestações político-partidárias de militares da ativa
O major bolsonarista João Paulo da Costa Araújo Neves, de 41 anos, foi preso por determinação judicial em razão do crime de desobediência.
O oficial da ativa se manifestava em suas redes sociais em apoio ao presidente Jair Bolsonaro em desobediência à portaria do Comando do Exército, publicada em 2019. Também teria desobedecido outras ordens, o que levou o juiz Rodolfo Rosa Talles de Menezes, da Auditoria Militar da 10ª Circunscrição Judiciária, a decretar a prisão preventiva do oficial.
A prisão, segundo o site G1, não teria como razão apenas a desobediência em relação às manifestações político-partidárias feitas pelo oficial. Como um bom bolsonarista, ele deve ter se mirado na carreira militar do “mito” e incorrido em outras indisciplinas.
Bolsonaro foi julgado por indisciplina e só não foi expulso do Exército por ter conseguido um acordo pelo qual safou-se por conta própria para disputar as eleições. O major preso, agora, que entrou no Exército em 2003, está preso desde a semana passada
Além da portaria publicada pelo então comandante do Exército, Edson Pujol, o regulamento disciplinar do Exército e o Estatuto dos Militares vetam manifestações político-partidárias de militares da ativa. Trata-se da segunda vez em um ano que a punição de um militar por suas ligações com o bolsonarismo se torna pública.
Em outro episódio, um sargento do Exército participou de uma live do deputado federal Vitor Hugo (PL-GO) sem autorização de seus comandantes.
