O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), condenado por fraude bancária, e o ex-presidente Jair Bolsonaro, indiciado por roubo de joias, se engalfinharam através das redes sociais por conta das eleições em São Paulo.
Jair Bolsonaro, assim como seus filhos, está apoiando o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição. Já Marçal acusa Nunes de não ser suficientemente de direita.
Em uma publicação de Jair Bolsonaro no Instagram, Marçal comentou: “Pra cima, capitão. Como você disse: eles vão sentir saudades de nós”.
O ex-presidente retrucou: “Nós? Um abraço”.
Ofendido, o coach Pablo Marçal reclamou que “coloquei 100 mil na sua campanha, te ajudei com os influenciadores, te ajudei no digital, fiz você gravar mais de 800 vídeos. Por te ajudar, entrei para a lista de investigados da PF. Se não existe o nós, seja mais claro”. Em seguida, Marçal exigiu que Bolsonaro lhe devolva os R$ 100 mil, se não há “nós”.
Depois da discussão, Pablo Marçal publicou uma foto ao lado de Jair Bolsonaro falando que ele foi “o brasileiro que mais brilhou como presidente do Brasil”. O candidato disse que eles almoçaram juntos.
Jair Bolsonaro já fez vídeos declarando apoio a Ricardo Nunes: “Eu peço, para o bem da cidade, para o bem de todos nós, reeleja Ricardo Nunes para a Prefeitura de São Paulo”.
O deputado federal e filho de Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, publicou um vídeo criticando Marçal por ter ficado “em cima do muro” nas eleições de 2022 e lembrou que o coach “chegou a dizer que a diferença entre Lula e Bolsonaro era de apenas um dedo”.
“Nem um ano e meio depois, ele adota todo o discurso da direita”, apontou. Pablo “está se fantasiando para ganhar eleição”, falou Eduardo.
Bolsonaro ainda comparou Pablo Marçal aos ex-deputados Joice Hasselmann e Alexandre Frota, que se distanciaram do bolsonarismo.
Na campanha, Pablo Marçal não está respondendo sobre sua condenação por ter sido membro de uma quadrilha que realizava fraudes bancárias. O “coach” dizia que a condenação sequer existia, mas depois de confrontado pelo documento, passou a ignorar o caso.
Já o ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro no caso do roubo de joias. Enquanto era presidente, ele se apropriou ilegalmente de peças de luxo que eram públicas.