Ele foi se encontrar com o fascista Nayib Bukele, que teria domado, pela força e com prisões em massa, as facções criminosas do país
Pablo Marçal (PRTB), o candidato à prefeitura de São Paulo que já foi condenado e preso por roubo qualificado, deixou o país nesta quinta-feira, 5, rumo a El Salvador. Ele foi se encontrar com o ditador daquele país, Nayib Bukele, que teria domado, pela força e com prisões em massa, as facções criminosas do país.
O partido de Marçal, o PRTB está sendo acusado de envolvimento com a maior facção criminosa brasileira, o PCC (Primeiro Comando da Capital). Leonardo Alves de Araújo, conhecido como Léo Avalanche, é o presidente nacional do PRTB. Ele disse a um colega de partido, em fevereiro deste ano, que mantém relações com integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Em um áudio revelado pelo jornal “Folha de S.Paulo”, Leonardo Avalanche aparece afirmando que mantém vínculo com a facção paulista. Na gravação, Avalanche fala com Thiago Brunelo, filho de um dos fundadores do PRTB. O diálogo ocorreu em meio a uma disputa interna do partido, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decretar intervenção na sigla.
“Não tem o Piauí, de [inaudível]? Não tem o chefe do PCC que está solto? Ele é a voz abaixo”, disse Avalanche, referindo-se ao seu motorista. “Eu sou o cara que soltou o André [do Rap]. A turma não sei se vai te contar isso. Esse é o meu trabalho, entendeu? A próxima, agora, a gente vai botar um lugar acima dele. Esse é o meu dia a dia […] Eu faço um trabalho bem discreto”, afirmou o presidente da legenda de Pablo Marçal (PRTB) na gravação.
“Ele nunca mexeu com política. Hoje ligaram para o menino, né, lá dentro da cadeia e falaram: ‘Estou trabalhando pro Avalanche de motorista’”. Segundo a Folha de São Paulo, o Piauí citado por Avalanche seria Francisco Antonio Cesário da Silva, ex-chefe do PCC na favela de Paraisópolis, zona sul da capital. O motorista do político seria, na versão dele, um aliado do criminoso na facção. A conversa foi registrada em um áudio divulgado em 8 de agosto pelo jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com a assessoria de imprensa do ex-coach, ele se reunirá com o ditador para se inteirar de como agem as facções no país. O embarque de Marçal ocorre a dois dias do 7 de setembro, data em que apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) usarão a data nacional para atacar a democracia e as autoridades eleitorais do país.
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