
Em assembleia, nesta sexta-feira (18), os trabalhadores da Mercedes Benz, em São Bernardo do Campo (SP), decidiram manter a greve por tempo indeterminado, iniciada na última segunda, 14.
Os trabalhadores rejeitaram a proposta da empresa de reajuste zero e abono de R$ 3.350. “Estamos, a todo momento, reivindicando a incorporação do reajuste ao salário. Precisamos avançar nas duas questões, abono e reajuste”, afirmou dirigente sindical, Ângelo Máximo de Oliveira Pinho, o Max, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Os trabalhadores também reivindicam reposição das perdas acumuladas nos últimos anos, pois não houve nenhum reajuste salarial (apenas abonos), e com o valor da PLR que segue baixo. “A empresa também quer reduzir direitos, chegando a propor o fim da estabilidade aos lesionados e ataques aos trabalhadores do setor administrativo, com demissão e redução de jornada e salários”, afirma nota da Oposição Metalúrgica do ABC “Ferramenta de Luta”.
“Atualmente o Sindicato realiza as negociações por empresa, o que fragiliza a luta unitária de toda a categoria. Por isso, a unidade e disposição de luta que estão sendo demonstrados pelos trabalhadores são fundamentais. É preciso seguir na luta”, afirma a oposição.
Para o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha, é importante toda solidariedade e apoio aos metalúrgicos da Mercedes Benz. “A vitória dos companheiros fortalece a luta da categoria em todo o país. A CSP-Conlutas entende que é preciso fortalecer e unificar os trabalhadores em luta”, afirmou Mancha.