
Milhares de pessoas se concentraram desde a última quinta-feira no pequeno povoado de San Juan Ostuncalco para dar a última despedida à jovem indígena guatemalteca Claudia Gómez, de 20 anos, assassinada por um oficial estadunidense quando tentava migrar para os Estados Unidos. Claudia foi sepultada no sábado no cemitério de sua terra natal, enquanto Trump propagandeava seus planos de erguer um gigantesco muro na fronteira para barrar qualquer passagem rumo aos EUA.

Claudia foi morta na fronteira do Texas por um guarda de fronteira
O prefeito de Ostuncalco, Juan Alberto Aguillar, disse que, diante da situação de extrema pobreza, até três membros de cada família da cidade já migraram para os Estados Unidos. “Lamentamos que um país que propicia a paz sofra com atos tão desalmados contra uma menina desarmada que só buscava um futuro melhor”, protestou o prefeito.
Conforme os pais e irmãs mais novas de Claudia, a esperança do “sonho americano” de receber em dólares para ajudar na alimentação dos familiares foi brutalmente atingido por uma bala da Patrulha da Fronteira. “Queria saber quem foi que a matou e que estivesse aqui na minha frente agora”, declarou o pai de Claudia, Gilberto Gómez.
“Estamos sentindo uma grande dor, uma tristeza enorme e queremos que seja feita justiça”, declarou o agricultor Mateo Carreto, na fila para dar os pêsames à família acompanhado por uma multidão vinda das aldeias vizinhas. Ao longo da semana, a casa localizada a cerca de 200 quilômetros da capital, a Cidade da Guatemala, transbordou de solidariedade, com visitantes trazendo dinheiro, flores e alimentos.
Com os olhos rasos d`água declaro tristeza profunda ao ler esta matéria! Raça Humana… O que vcs pensam que estão fazendo?
Lamentável!!