O Ministério Público de São Paulo recomendou à Secretaria de Segurança Pública do Estado que tome todas as medidas necessárias, permitidas pela lei, para que os comandantes da polícia militar e do corpo de bombeiros previnam qualquer forma de manifestação promovida por policiais militares em atividade nos atos do dia 7 de Setembro.
A recomendação foi expedida neste sábado (5), pelo procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, ao secretário de Segurança Pública.
“Adotem todas as medidas que lhes são ofertadas pela legislação vigente para prevenir, buscar, e se for o caso, fazer cessar, inclusive por meio da força, qualquer forma de atos/manifestações promovidas e/ou integradas por policiais militares estaduais em atividade, de serviço”, diz o documento.
Por regras da corporação, os policiais militares não podem participar de atos políticos, como as manifestações antidemocráticas que estão sendo convocadas pelo presidente Bolsonaro para o 7 de Setembro.
O procurador recomendou ainda que os identificados envolvidos em atos no 7 de setembro, prestem informações ao Ministério Público de São Paulo, no prazo de 7 dias.
As manifestações no Dia da Independência estão sendo insufladas por Bolsonaro, com claras intenções golpistas. Nos últimos dias, o presidente chegou a afirmar que os atos seriam um “ultimato” contra o STF.
“Nós não precisamos sair das 4 linhas da Constituição, ali temos tudo que precisamos.
Mas, se alguém quiser jogar fora dessas 4 linhas, nós mostraremos que poderemos fazer também valer a vontade e a força do seu povo”, disse Bolsonaro em evento na Bahia.