Genocidas derrubam prédio residencial de cinco andares na cidade de Beit Lahiya
Munir al-Bursh, autoridade de Saúde de Gaza, afirmou que quase 30 por cento das vítimas da chacina eram crianças e frisou que dezenas de outras pessoas ficaram feridas e teme-se que muitas outras estejam presas sob os escombros, após este ataque de domingo (17).
O míssil transformou o prédio em um monte de entulho.
“O exército de ocupação sabia que dezenas de civis deslocados estavam dentro desses prédios e que a maioria deles eram crianças e mulheres que haviam sido deslocadas de seus bairros”, assinalou em comunicado o Gabinete de Imprensa.
A declaração apelou à comunidade internacional que condene “esses massacres horríveis contra civis deslocados”, ao mesmo tempo em que destacou o papel deletério dos “apoiadores internacionais de Israel, incluindo os EUA, o Reino Unido, a Alemanha e a França”.
CRIME DE OCUPAÇÃO FASCISTA
O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) condenou o massacre em uma declaração oficial, dizendo: “O bombardeio criminoso realizado pelo exército de ocupação fascista, visando um edifício residencial em Beit Lahiya, ao norte da Faixa de Gaza, e destruindo-o sobre as cabeças de seus moradores, levando ao assassinato de dezenas de palestinos, mais de um terço dos quais eram crianças, é uma insistência sionista em genocídio, limpeza étnica e vingança brutal contra civis indefesos, que ocorre diante dos olhos e ouvidos do mundo.”
A declaração manifestou que esses massacres não quebrarão a vontade do povo palestino.
“Equipes de resgate estão tendo dificuldades para chegar ao local devido à gravidade da destruição e aos ataques aéreos israelenses em andamento e aos ataques indiscriminados na área, o que torna difícil fornecer uma contagem precisa de mortos e feridos neste momento”, escreveu a agência de notícias palestina WAFA.
Beit Lahiya é uma cidade no norte da Faixa de Gaza, perto de Jabalia e Bet Hanoon. Todas as três cidades têm sido severamente afetadas pelos ataques genocidas israelenses, que também resultaram no corte de telefone e acesso à internet dificultando a comunicação com o resto da região.
Autoridades de saúde locais confirmaram que o número de mortos palestinos no ataque israelense na Faixa desde 7 de outubro de 2023 aumentou para 43.972 fatalidades registradas, com mais 104.008 indivíduos sofrendo ferimentos. A maioria das vítimas são mulheres e crianças.
De acordo com as mesmas fontes, os serviços de emergência ainda não conseguem chegar a muitas vítimas e corpos presos sob os escombros ou espalhados nas estradas do enclave devastado pela guerra, já que as forças de ocupação israelenses continuam a obstruir o movimento de ambulâncias e equipes de defesa civil.