
Entidades de mulheres, movimentos sociais e políticos ocuparam as ruas neste sábado em comemoração ao 8 de Março, Dia Internacional das Mulheres.
Os protestos reivindicaram o combate à carestia dos alimentos, valorização do trabalho e salário, redução da jornada e o combate à violência.
Em São Paulo, o ato foi na Avenida Paulista, reunindo milhares de pessoas p´roximo ao vão do Masp. Entre as lideranças presentes, Kele Cristina, dirigente da União Brasileira de Mulheres (UBM), defendeu políticas que garantam salário digno, valorização do trabalho doméstico e acesso à alimentação saudável.
O protesto também denunciou o desmonte do Estado praticado pelo governo de Tarcísio com a privatização de serviços essenciais para a população.
A defesa da democracia e pedidos de prisão para Bolsonaro também estiveram presentes no ato, com faixas e palavras de ordem contra a anistia para golpistas.
Para Keila Pereira, presidente da Federação das Mulheres Paulistas (FMP), também presente na manifestação, “a gente não vai ter emancipação das mulheres enquanto não tiver salário igual para trabalho igual, enquanto a assistência à maternidade for muito pequena, muito aquém do tamanho dessa responsabilidade e enquanto, principalmente, as mulheres e famílias inteiras estiverem passando fome”.
“O governo precisa responder a esse chamado do povo com muito mais força. E temos capacidade para isso, investindo ainda mais nos estoques reguladores da CONAB, garantindo a implementação de mercados solidários para atender os beneficiários de programas sociais, desburocratizando a aquisição de alimentos de pequenos produtores. Só no bairro em que eu vivo, Parelheiros, tem mais de 400 agricultores mapeados pela prefeitura de São Paulo. Além, disso, não vai ter programa social que sustente a melhoria na vida do povo enquanto tiver essa política de ajuste fiscal”, ressaltou Keila.