Elon Musk, dono do Twitter (atual X), criou uma conta na rede social para vazar decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra criminosos que publicavam livremente na plataforma.
O Twitter foi suspenso no Brasil por não apresentar um representante legal no Brasil. Elon Musk, que é um militante de extrema-direita, recusa-se a seguir as leis brasileiras.
A conta para vazar documentos sigilosos, chamada “Alexandre Files”, ou Arquivos do Alexandre, foi criada no sábado (31), depois da suspensão da rede social.
Um dos casos publicizados por Musk foi o de perfis utilizados pelo blogueiro Oswaldo Eustáquio, que participou da tentativa de golpe bolsonarista e divulgava sistematicamente mentiras sobre as urnas eletrônicas em suas redes sociais.
Com seu perfil pessoal sendo bloqueado, Eustáquio continuou seu trabalho contra a democracia através de outras contas, como a de sua filha. Essa conta, junto com outras, passou a fazer publicações para intimidar funcionários públicos que faziam parte da investigação sobre a tentativa de golpe de estado.
Os documentos referentes à ordem de bloqueio do perfil do senador Marcos do Val (Podemos-ES) também foram vazados por Musk. Marcos do Val utilizava suas redes para divulgar mensagens antidemocráticas e mentirosas.
Por não cumprir as decisões judiciais, o Twitter acumulou R$ 18,3 milhões em multas, segundo a Secretaria Judiciária do STF.
Como parte de sua guerra contra a Justiça brasileira, Elon Musk demitiu os funcionários do Twitter no Brasil e anunciou o fechamento do escritório, ficando sem representante no país, o que é ilegal.
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o bloqueio das contas da outra empresa de Musk, a Starlink, para evitar que o bilionário se esquive de pagar o que deve para o Brasil.
Elon Musk, que já vinha atacando Alexandre de Moraes chamando-o de “ditador” e “falso juiz”, publicou que o ministro, que foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições de 2022, “se envolveu em interferência eleitoral séria”.
Não há qualquer indício de que as eleições foram fraudadas.