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“O equilíbrio é sempre o caminho”, afirma Alexandre Silveira
O ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, disse acreditar “piamente” que o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) vai liberar as pesquisas na Margem Equatorial para que o Brasil conheça a potencialidade de exploração de petróleo na região.
Na avaliação do ministro, o Brasil precisa investir em alternativas energéticas e na produção de energia limpa. No entanto, “em nenhum debate em fórum internacional se consegue precisar, por exemplo, em quanto tempo nós poderemos abrir mão dos combustíveis fósseis. O equilíbrio é sempre o caminho”.
“Acredito piamente que vai ser dado de forma técnica e ambientalmente correta para o direito do Brasil conhecer suas potencialidades, já que nós estamos discutindo ainda a fase de pesquisa na Margem Equatorial e não a sua exploração”, falou o ministro durante um evento em Portugal.
Para ele, “a grande força do Brasil é a sua potencialidade energética”. “Acredito na construção técnica, ambientalmente correta, mas defendo que nós não podemos abandonar o direito dos brasileiros conhecerem as nossas potencialidades energéticas como um todo”.
Nas últimas semanas, Silveira vem cobrando do Ibama que libere a pesquisa na Margem, em especial do Bloco FZA-M-59, que fica a 175 quilômetros da costa do Amapá.
O presidente Lula afirmou, na última sexta-feira, que “não tem porquê” não pesquisar e explorar a Margem Equatorial.
“Nós vamos explorar a margem equatorial, não tem porquê [não explorar]…O Brasil não vai deixar de certificar. Porque, por enquanto, não é explorar. O que nós queremos é fazer um processo de medição para a gente saber se tem e qual a quantidade de riqueza que tem lá embaixo”, explicou.
“E se tiver [petróleo na região], nós temos uma coisa que é o seguinte: a nossa Petrobras é uma empresa de maior competência tecnológica para explorar petróleo em águas profundas”, assinalou.
O presidente ainda descartou o argumento, usado de forma rasa, de que a Margem “é perto da Amazônia”. “É o seguinte: é a 575 km da margem do Amazonas. Ou seja, uma distância enorme e a gente vai fazer isso, 1º certificar como vai explorar e quais são os cuidados que nós temos que ter”, completou.