
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, de elevar a taxa básica de juros (Selic) para 15% ao ano foi duramente criticada pela Força Sindical. Em nota assinada pelo presidente, Miguel Torres, a entidade classificou a medida como “irresponsabilidade social” e alertou para os efeitos negativos sobre a produção nacional, o consumo das famílias e a geração de empregos.
“Os tecnocratas do Banco Central precisam entender que juro alto é veneno que mata a produção e o consumo”, afirmou Torres. Segundo ele, a elevação da Selic favorece a especulação financeira e o setor bancário, em detrimento da indústria, do comércio e da classe trabalhadora.
A central denuncia que a continuidade da atual política monetária poderá comprometer ainda mais o mercado de trabalho. “Os trabalhadores estão convencidos que ao permanecer a atual política de juros altos do Copom a tendência será de aprofundamento do desemprego e da pobreza”, diz a nota.
Miguel Torres defendeu uma mudança urgente de rumo. Para ele, é necessário reduzir drasticamente os juros, como forma de estimular a produção, criar empregos decentes e promover a distribuição de renda. “O Brasil que queremos é um país com distribuição de renda, justo socialmente e soberano”, destacou.
O atual patamar da Selic é alvo de críticas das centrais sindicais e também de setores produtivos, que apontam os graves impactos sociais em um país com altas taxas de informalidade e desigualdade.
“Precisamos urgente de uma queda drástica dos juros. Em nome do desenvolvimento, da produção, da geração de trabalho decente e da distribuição de renda!”, conclui o presidente da entidade.