O ministro Nunes Marques, indicado por Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista e, com isso, adiou a conclusão do julgamento na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro no processo que culminou com a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O pedido de suspeição do ex-juiz Sérgio Moro foi feito pela defesa de Lula quando Moro deixou o Judiciário e assumiu o cargo de Ministro da Justiça do governo Bolsonaro. Os ministros vão decidir se Moro agiu com parcialidade ao condenar Lula no caso do triplex do Guarujá, investigado no âmbito da Operação Lava Jato no Paraná.
Antes do pedido de Nunes Marques, já havia votado pela suspeição o ministro Gilmar Mendes, que preside a segunda turma e que havia pedido vista há dois anos, quando o julgamento desta questão começou. A ministra Cármen Lúcia afirmou que apresentará o seu voto após a devolução do processo pelo ministro Nunes Marques.
Mesmo com o pedido de vista, que interrompe o julgamento até que o ministro Nunes Marques se considere esclarecido, Ricardo Lewandowski solicitou o direito de apresentar o seu voto na sessão desta terça, argumentando pela suspeição do ex-juiz Sérgio Moro.
O ministro Edson Fachin, que no dia anterior enviou os processos envolvendo o ex-presidente Lula para a Justiça Federal de Brasília, considerou que o julgamento da suspeição estava prejudicado e pediu o seu adiamento.
Os membros da Segunda Turma, por 4 votos a 1, decidiram prosseguir com o julgamento. Ele também votará após a retomada da discussão na Segunda Turma do Supremo.