
“Este país precisa ter empresas nacionais, para que as pessoas possam viajar”, destacou o presidente do BNDES, em evento na Embratur
O presidente do BNDES Aloizio Mercadante afirmou, na quinta-feira (8), em evento realizado por iniciativa da Embratur, que o país precisa ter um empresa aérea nacional. “As empresas aéreas estão num excelente momento para crescer, se desenvolver e para integrar o Brasil. Este país precisa ter empresas nacionais, para que as pessoas possam viajar”, destacou Mercadante.
Questionado sobre o pacote de ajuda para o setor que está em estudo pelo governo, Mercadante evitou dar prazos e disse que a definição de valores e modelo está a cargo do Ministério da Fazenda, mas ressaltou que ele será importante num momento de recuperação do setor. Ele citou o “problema das garantias” de crédito como obstáculo a ser enfrentado.
Segundo Mercadante, o apoio às companhias é necessário num momento de retomada do setor aéreo. Em 2023, 112,6 milhões de passageiros passaram pelos aeroportos do país, alta de 15,3% ante 2022, segundo dados divulgados no mês passado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Esses dados são semelhantes ao período anterior à pandemia. O presidente do BNDES ressaltou que as empresas precisam ter “condições de viver esse momento extraordinário” de recuperação.
O presidente Lula está empenhado em baratear os preços das passagens e ampliar o número de passageiros nos aeroportos. Entre as medidas ventiladas, está lançar mão do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac, vinculado ao Ministério de Portos e Aeroportos) para fornecer garantias para empréstimos, tanto de bancos públicos, como o BNDES, quanto de instituições privadas. A reciprocidade esperada é a redução dos preços das passagens.
Mercadante evitou citar valores em conversa com a imprensa, mas ressaltou o sucesso do FGI Peac, programa de garantia de crédito do BNDES lançado como medida para mitigar a crise causada pela Covid-19. “Os aviões ficaram no chão, e as empresas tiveram que pagar leasing, pagar serviços, manter equipes de pilotos e de bordo. Então, elas acumularam um passivo expressivo. Assim como o FGI Peac surgiu para as micro e pequenas empresas na pandemia, o Brasil não teve nenhuma iniciativa para poder refinanciar.