Com um total de 100 mil 501 mortos (de um milhão 136 mil 672 contagiados), a Europa é o continente mais castigado pela pandemia do Covid-19 no planeta, segundo um balanço divulgado pela agência AFP a partir de fontes oficiais, no sábado, 18.
O número corresponde a pouco menos de dois terços das mortes provocadas pela pandemia no mundo que, com números atualizados na manhã do dia 19, a Universidade Johns Hopkins contabilizou em 161.402. A Itália com 23 mil 227 falecidos e a Espanha com 20 mil 43 são os países europeus mais golpeados, seguidos pela França (19 mil 323) e Reino Unido (15 mil 464).
E não há ainda luz no fim do túnel já que existem 195.944 casos confirmados na Espanha, 175.925 na Itália, 152.978 na França, 143.779 na Alemanha e 115.317 na Inglaterra, além dos outros países do continente. Para termos de comparação, no Brasil, onde sabemos que a situação não é nada boa, os casos estão em 36.496.
No mundo, registraram-se ao menos 2 milhões 347 mil 875 casos de Covid-19 no dia 19, o que, não obstante, só reflete uma parte do número real de contaminações já que muitos países só aplicam testes aos casos graves.
Mostrando deficiências no combate ao coronavírus, em informe publicado na sexta-feira, 17, o Instituto Superior da Saúde da Itália (ISS) informou que 17 mil trabalhadores da saúde foram contagiados pelo vírus, dois terços deles mulheres.
Esse número, que revela falta de material preventivo, e condições de trabalho desregradas, representa 10% do total de pessoas que têm sido contagiadas em toda a Itália pelo coronavírus. Dos 16 mil 991 profissionais infectados, 43.2% são enfermeiras e obstetras, 19% médicos que trabalham nos hospitais, 9.9% trabalhadores sociais do setor, 19.2% pertencentes a profissões e especializações relacionadas ao tratamento do Covid-19, detalhou o informe apresentado em coletiva de imprensa.
A Espanha, terceiro país do mundo com maior número de falecidos, só atrás dos Estados Unidos e Itália, estenderá o isolamento social da população até o dia 9 de maio, anunciou este sábado o primeiro-ministro, Pedro Sánchez.