Em comemoração aos 65 anos da Petrobrás, entidades realizaram ato, na quarta feira (03), contra o sucateamento da estatal e denunciaram a tentativa dos sucessivos governos neoliberais de entregar nosso petróleo para as multinacionais. O ato foi organizado por diversas entidades, entre eles FNP, SINDIPETRO-RJ, FIST, CSP-CONLUTAS e SEPE-RJ, em frente a sede da Petrobrás (EDISE), no centro do Rio de Janeiro.
O ato exigia uma mudança na política de preços dos derivados e uma política para a estatal que tenha como horizonte atender os interesses do povo brasileiro, garantindo o desenvolvimento nacional, e não uma política que tem como perspectiva garantir os lucros dos acionistas, em especial os de Wall- street, em detrimento do povo.
“Hoje muitos colegas nas mídias, em suas respectivas redes sociais, lembraram o orgulho de trabalhar na Petrobrás. Infelizmente, neste momento, a empresa passa por um momento de desmonte e privatização, uma companhia que poderia ser o símbolo de desenvolvimento do Brasil. Há décadas a Petrobrás vem sendo atacada por sucessivos governos, sendo fruto da cobiça internacional e dos corruptos de plantão. Mas estamos aqui celebrando e defendendo a Petrobrás”, disse o coordenador da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) Eduardo Henrique.
Desde 2013 onde o governo Dilma entregou parte do campo de Libra, o maior até então, para as multinacionais Shell, Total, além de duas empresas chinesas, a lógica de privatização continuou com Temer entregando mais campos a preço de banana, além de conceder outras regalias, afrouxando a exigência de materiais nacionais da indústria do petróleo para beneficiar BP e Shell, especialmente.
Os petroleiros usaram um bolo para simbolizar a retomada das reservas de petróleo, cobrindo de verde e amarelo as bandeiras dos EUA e da China, que hoje dominam maior fatia do pré-sal. “Precisamos primeiro suprir as necessidades do povo que possibilite o desenvolvimento do país. Por isso, devemos lutar pela reversão da quebra da partilha e contra esses leilões que entregam áreas com reservas gigantes às multinacionais petroleiras”, disse a geóloga e diretora do Sindicato dos Petroleiros do RJ, Patrícia Laier,
Pela manhã cerca de 20 aposentados integrantes da Comissão de Base dos Aposentados do sistema Petrobrás realizaram um ato na Assistência Multidisciplinar de Saúde (AMS) no saguão do Edise.
“Em homenagem aos 65 anos da Petrobrás, o nosso grupo de aposentados realizou um ato no saguão contra os leilões e desmonte do sistema, e o Plano de Equacionamento do Déficit da Petros, o PED. O RH da empresa em uma atitude ditatorial bloqueou os crachás dos petroleiros para acesso ao Edise, nos proibindo de usar o megafone e faixas, resistimos e conseguimos fazer o ato”,diz Roberto Ribeiro, diretor do Sindipetro-RJ.