PF: assessores de Sostenes, Jordy e outros movimentaram R$ 30 milhões suspeitos em 7 anos

Os deputados do PL, Carlos Jordy (RJ) e Sóstenes Cavalcante (RJ) (Foto: Bruno Spada - Zeca Ribeiro - CD)

Os assessores dos deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ) e outros investigados por desvio de dinheiro público movimentaram quase R$ 30 milhões entre 2018 e 2024, de acordo com a Polícia Federal.

A suspeita da PF é que os parlamentares montaram um esquema de desvio de verba pública que seria oficialmente utilizada no aluguel de carros. O grupo criminoso contava com uma empresa de fachada e uma rede de pessoas que recebiam e repassavam dinheiro.

A PF afirmou que “agentes políticos, servidores comissionados e particulares teriam atuado de forma coordenada para o desvio e posterior ocultação de verba pública”.

O assessor do PL, Adailton Oliveira dos Santos, movimentou R$ 11,4 milhões somente entre 2023 e 2024, segundo citou o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), na decisão que autorizou a operação Galho Fraco.

Um parente de Adailton, Florence Souza Santana, fez saques e depósitos que somam R$ 3,9 milhões. Os investigadores apontam que a origem do dinheiro não é clara.

A Polícia Federal descobriu que o assessor de Carlos Jordy, Itamar de Souza Santana, movimentou R$ 5,9 milhões. Ele transferia valores de sua conta de forma fracionada, o que é um indício de tentativa de ocultação da origem.

Outra investigada, Andrea Figueiredo Desiderati, movimentou R$ 6,6 milhões em suas contas bancárias. Mais uma vez, a origem do dinheiro não é clara, assim como os beneficiários de suas transferências não foram identificados. Desiderati já trabalhou no gabinete do deputado Luciano Vieira (PSDB-RJ), mas a investigação não especifica qual seria seu papel no esquema criminoso.

Mensagens obtidas pela PF ainda mencionam repasses de dinheiro feito “por fora”.

A Polícia Federal avalia que a Harue Locação de Veículos Ltda ME, mais para frente chamada Alfa auto Car, era utilizada para emitir notas fiscais “frias” para os deputados Sóstenes e Jordy. Entre 2020 e 2024, o primeiro deputado gastou R$ 192 mil com a empresa, enquanto o segundo gastou R$ 214 mil.

A empresa só tinha cinco carros, o que era incompatível com o serviço supostamente prestado para os parlamentares.

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