Ele tem a chave do apê com R$ 51 milhões, diz o dono do imóvel
A Polícia Federal cumpriu, na segunda-feira, mandados de busca e apreensão no gabinete e nos apartamentos (Brasília e Salvador) do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB/BA). Esta operação é um desdobramento da operação que apreendeu R$ 51 milhões em dinheiro vivo em um apartamento de Salvador. Após 5 horas de buscas, a equipe da PF saiu carregada de malotes e documentos após cumprir a operação.
A Polícia Federal cumpriu, na segunda-feira (16), mandados de busca e apreensão no gabinete do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB/BA) na Câmara dos Deputados. Esta operação é um desdobramento da operação que apreendeu R$ 51 milhões em dinheiro vivo em um apartamento de Salvador.
Após 5 horas de buscas, a equipe da PF saiu carregada de malotes após cumprir a operação no gabinete de Lúcio. Também foram apreendidos muitos documentos do apartamento do deputado em Salvador. A PF ainda cumpriu mandados de buscas na residência do parlamentar em Brasília.
Lúcio é irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, por suspeita de ser o dono da fortuna apreendida. A operação investiga se há relação entre o deputado e os R$ 51 milhões. Nas investigações, notas de dinheiro e as embalagens que enchiam caixas e malas do imóvel tinham as digitais do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), do ex-chefe da Defesa Civil em Salvador, Gustavo Ferraz, operador do peemedebista, e também de um assessor do gabinete de Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Job Ribeiro Brandão. A PF ainda achou uma fatura de uma empregada de Lúcio no apartamento que fica a 1,2 km da residência de Geddel na capital baiana.
Nas planilhas da Odebtrecht, Lúcio Vieira Lima é “Bitelo” e recebeu R$ 1 milhão da empreiteira.
Os investigadores querem saber se ele poderia ser beneficiário ou intermediário do dinheiro. As investigações apontam que, na verdade, o apartamento foi emprestado pelo dono Silvio Antonio Cabral da Silveira a Lúcio Vieira Lima e era usado por Geddel.
A operação foi realizada a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF.