O ex-diretor da Petrobrás, Renato Duque, foi preso pela Polícia Federal no sábado (17), após ficar quase um mês foragido. Sua prisão foi decretada no dia 18 de julho, em decorrência de condenações que somam 98 anos em regime fechado.
Duque foi encontrado Volta Redonda (RJ), depois de ter sido procurado na cidade do Rio de Janeiro e em Curitiba.
A prisão ocorreu através de um cruzamento de dados de inteligência realizado pelo Núcleo de Capturas da PF no Rio de Janeiro. Renato Duque foi encaminhado para o presídio Benfica, na Zona Norte do Rio.
Ele foi diretor de Serviços da Petrobrás entre 2003 e 2012 e atuou em favor de empresas privadas que lhe pagavam propina.
A primeira de suas 12 condenações ocorreu em 2015, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A pena foi de 20 anos e oito meses de prisão.
Em 2018, a condenação a 3 anos contra Duque aconteceu por sua atuação, mediante pagamento de propina, para que a Petrobrás contratasse a italiana Saipem para obras no valor de R$ 250 milhões.
Na condenação mais recente, de 2021, a pena foi de 3 anos e seis meses em regime fechado, além do confisco de dinheiro mantido por Duque em empresas no exterior. Ele confessou os crimes.
A ordem de prisão contra Renato Duque decorre do trânsito em julgado dois processos pelos quais, somados, ele foi condenado a 39 anos e dois meses de prisão.
Em um deles, a condenação de a 28 anos e cinco meses de prisão em regime fechado decorre de sua atuação em favor da empreiteira Andrade Gutierrez em cinco contratos da Petrobrás. As licitações eram direcionadas para a empresa e infladas.
No outro, Renato Duque foi sentenciado a 13 anos e 9 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em um esquema de corrupção que favoreceu a Odebrecht em obras da estatal.