
A Casa Branca reagiu enfurecida e anunciou que vai ampliar sanções contra o Irã
Milhares de pessoas saíram às ruas nesta quarta-feira em várias cidades do Irã para se manifestar a favor do governo e condenar as depredações ocorridas nos últimos seis dias, segundo imagens difundidas ao vivo pela televisão estatal iraniana. As marchas ocorreram em pelo menos dez cidades iranianas. Enquanto a população ocupava as ruas, os EUA mostraram-se decepcionados com o desfecho e avaliam aplicar novas sanções contra o regime.
Segundo o general Mohammad Ali Jafari, chefe da Guarda, “hoje é possível dizer que é o fim da sedição de 96” (em referência a 1396, atual ano no calendário persa). “A preparação das forças de segurança e a vigilância do povo levaram á derrota dos inimigos”, afirmou Jafari, dizendo que a Guarda Revolucionária iraniana só interveio de ‘maneira limitada’ em três províncias.
Donald Trump declarou total apoio aos participantes dos protestos e prometeu adotar sanções contra membros-chave do governo iraniano pela repressão aos protestos, disse um alto funcionário da Casa Branca, citado por agências. Sob anonimato, ele disse que o governo (que tem aumentado o tom contra o Irã e ameaçado o acordo nuclear multilateral de 2015 com os persas) está levantando informações.
Nas manifestações desta quarta-feira, a multidão exibia cartazes contra os “agitadores” e gritavam slogans a favor do Líder Supremo, o aiatolá Ali Khamenei. Também pediam “morte ao Estados Unidos”, “morte a Israel” e “morte a Monefagh”, termo que designa a opositora Organização dos Mudjahedines do Povo do Irã.