
As autoridades policiais portuguesas estão investigando se ao menos parte dos 40 milhões de euros (R$153 milhões) abandonados no Banco Espírito Santo (BES), que faliu, pertencem a políticos brasileiros do PT.
Segundo o jornal português “Correio da Manhã”, os titulares dos investimentos não apareceram e a Comissão de Liquidação os procura desde agosto de 2016.
Segundo o jornal, o BES tinha relações com membros do então governo como o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. O presidente do BES por 20 anos, Ricardo Salgado, contou ao Ministério Público português que pagava propina mensal de R$100 mil a Dirceu para ajudar a Portugal Telecom na compra da brasileira Oi, durante o governo do PT, que acabou acontecendo.
Ricardo Salgado é acusado de lavagem de dinheiro, fraudes, falsificação de documentos entre outros crimes apurados no âmbito da Operação Marquês. De acordo com o Ministério Público português, o ex-presidente do BES pagou 22,2 milhões de euros em propina para José Sócrates, para obter benefícios no governo do ex-primeiro-ministro. Sócrates, muito amigo de Lula e do PT, foi secretário-geral do Partido Socialista e primeiro-ministro de Portugal (12 de março de 2005 a 21 de junho de 2011).
Sócrates foi denunciado pelo MP português por 31 crimes, entre eles corrupção passiva.