Negociações visam “recuperar a operação da Refinaria Landulpho Alves – Mataripe (RLAM)”, manifestou o presidente da Petrobrás em rede social
O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, afirmou na última terça-feira (13) que a estatal petroleira deve retomar a participação acionária na refinaria de Mataripe (antes RLAM da Petrobrás), a partir do 1º semestre de 2024.
Em sua rede social, Paul Prates escreveu que a Petrobrás deve concluir as negociações com o fundo Mubadala Capital – dos Emirados Árabes Unidos -, que comprou a refinaria da Petrobrás Landulpho Alves (RLAM), em Mataripe na Bahia, em 2021, no governo de Jair Bolsonaro (PL).
“Acabo de sair de reunião com o Deputy Group, Chief Executive Officer de Mubadala Investment Company e presidente do Conselho da Mubadala Capital, Waleed Al Mokarrab Al Muhairi com quem vimos conversando desde o início do ano passado sobre os investimentos do Fundo Mubadala no Brasil, e com cuja equipe gerencial e técnica temos trabalhado há meses para construir uma parceria que visa recuperar a operação da Refinaria Landulpho Alves – Mataripe (RLAM), na Bahia, ao mesmo tempo em que ampliaremos e aprimoraremos juntos o empreendimento de biocombustíveis do grupo no Brasil”, divulgou Prates na rede social X, antigo Twitter, e seguiu.
“Acertamos que nossas equipes intensificarão os trabalhos logo após a volta dos feriados de Carnaval com vistas a finalizar a nova configuração societária e operacional ainda neste primeiro semestre de 2024. Demais detalhes e andamentos atuais serão mantidos sob confidencialidade até a finalização do processo”, manifestou o presidente da Petrobrás.
A venda da antiga refinaria da Petrobrás Landulpho Alves (RLAM), com capacidade de processamento de 333 mil barris por dia, e ativos que incluem 4 terminais de armazenamento e oleodutos, com 669 km de extensão, vem sendo questionado e é alvo de investigação administrativa na Petrobrás
No início de 2023, a Controladoria-Geral da União (CGU) emitiu um parecer em que afirmou ter encontrado fragilidades na venda da RLAM. Com base neste documento, a direção da Petrobrás abriu uma investigação administrativa para avaliar a venda da refinaria.
Avaliada em R$ 20 bilhões, a RLAM foi comprada por R$ 10 bilhões pelo fundo árabe Mubadala Capital, do príncipe herdeiro de Abu Dhabi. No ano passado, o Mubadala Capital ganhou destaque na imprensa brasileira com o escândalo das joias, que foram dadas pela família real dos Árabes Unidos a Bolsonaro e sua mulher, Michelle Bolsonaro, mas que entraram de forma clandestina no Brasil. O suposto esquema de negociação ilegal de joias também colocou sob suspeita a venda da refinaria.