O presidente do INSS, Guilherme Gastaldello Pinheiro Serrano, teve uma entrevista interrompida repentinamente por uma assessora, que, supostamente, de forma combinada, o tirou de maus lençóis.
Durante a entrevista online, a jornalista Mônica Carvalho, da TV Globo de Brasília, conversava com o presidente do órgão sobre as novas regras para a análise dos pedidos de benefício, quando a entrevista foi encerrada pela assessora.
Quando a jornalista questionou se “seria possível que os servidores estivessem decidindo mais rapidamente por indeferimento nos pedidos para desafogar o trabalho” – claramente referindo-se ao aumento no volume de trabalho e a denúncia dos servidores de que o déficit de funcionários no INSS estaria interferindo no funcionamento do órgão e causando sérios prejuízos à população -, a assessora entrou na tela para encerrar a entrevista, dizendo que Guilherme Serrano tinha “outros compromissos”.
O desmonte do INSS empreendido pelo governo Bolsonaro e o déficit de servidores são umas das principais reclamações dos funcionários do órgão, que têm entre suas principais reivindicações a imediata abertura de concurso público. De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência, atualmente são 1.008.112 segurados esperam para ser atendidos por um médico perito.
Além da falta de força de trabalho, o INSS sofreu um corte de R$ 1 bilhão no orçamento para 2022, o que, ainda segundo as entidades representativas dos servidores, praticamente inviabiliza o funcionamento do órgão.
Não à toa, o presidente do INSS ter sido socorrido pela assessora. Como disse a jornalista Mônica Carvalho ao ver a entrevista finalizada, “Ah! Só porque eu fiz uma pergunta difícil”…