O juiz Sérgio Moro afirmou, na manhã da terça-feira (10), durante o Fórum da Liberdade, em Porto Alegre, que “o Supremo proferiu uma decisão muito importante no último dia 4. Não me refiro ao caso concreto do ex-presidente [Lula]. O que o Supremo manteve mais uma vez foi o apego ao princípio de que a presunção de inocência não pode servir como garantia de impunidade aos poderosos”.
O juiz responsável pela Lava Jato citou nominalmente a ministra Rosa Weber, afirmando que ela proferiu o “voto mais interessante” no julgamento do processo, considerado decisivo para a rejeição do habeas corpus pedido pela defesa do ex-presidente. “O Supremo passou a mensagem de que não se pode mudar critérios segundo muda o acusado ou sem que haja uma razão relevante para mudança da jurisprudência”, observou.
Durante o julgamento do habeas corpus de Lula, Rosa Weber afirmou que, apesar de sua posição pessoal contrária à execução da pena após condenação em segunda instância, respeitaria a jurisprudência formada pela Corte em 2016. Ao elogiar a ministra, com quem já trabalhou no passado, Moro ressaltou o fato de que Rosa Weber “não fala com a imprensa”. “No fundo ela está certa e a maioria errada, inclusive eu”, brincou.
O magistrado defendeu a publicidade dos processos. “Há uma diferença entre vazamento e publicidade. Vazamento é ilegal. O que eu fiz em todos os casos foi deixar o sigilo legal levantado. Acredito que, abrindo os processos e as provas, as pessoas podem emitir seus próprios julgamentos”, ponderou Moro.
Juiz Moro: a lei não para todos, veja que boa parte dos políticos tucanos, MDB, PP, PTB, PSD, PSC, PR, DEM (ARENA) e de outros partidos estão envolvidos em vários escândalos fazem isto há mais de meio século, no entanto, o Judiciário, Ministério Público e Polícia Federal não viram nada disso acontecer somente nos últimos 14 anos é que tudo foi enxergado, e quem passou a ser investigado, perseguido e punido exatamente indivíduos de partidos de esquerda.
Sim, indivíduos de partidos de esquerda que passaram a ser investigados: Cabral, Cunha, Temer, Argello, Odebrecht, Bumlai, Aécio, Renan, Jucá, por exemplo, todos sob investigação – e todos de partidos de esquerda… Ah, sim, também Lula, Palocci, Vaccari, André Vargas, Dirceu, Gleisi. Só não entendemos por que o leitor acha que o PT é um partido “de esquerda”. Não estaria, apenas, repetindo a mídia dita golpista?