Os professores paranaenses aprovam greve a partir da segunda feira (02), contra a proposta de reforma da previdência apresentada pelo governador Ratinho Jr. A paralisação foi aprovada em assembleia da categoria no último sábado (23).
“A nossa assembleia aprovou a greve, superando as dificuldades de calendário. Esta é uma resposta para o governo Ratinho Jr., que não dialoga com a categoria e ainda encaminha uma PEC que acaba com nossas aposentadorias. É uma resposta também aos desmando da Secretaria de Estado da Educação (Seed) e sua desorganização no processo de matrículas do ensino médio noturno, às condições de trabalho, às ameaças de piorar a distribuição de aula e também o ataque aos PSSs”, disse o presidente do Sindicato dos Professores (APP-Sindicato), Hermes Leão.
A proposta de reforma foi encaminhada no último dia (18) e prevê o aumento da alíquota previdenciária dos servidores de 11% para 14%, incluindo os já aposentados, que passarão a pagar o 14% sobre o que passar de dois salários mínimos.
Seguindo o exemplo de Bolsonaro, Ratinho Júnior propôs que o estabelecimento de idade mínima para a aposentadoria de 62 (mulheres) e 65 (homens), para os que ingressarem após sua aprovação, com a necessidade de ter 25 anos de contribuição, com pelo menos 10 anos de serviço público e cinco no cargo de aposentadoria.
Para quem já faz parte do quadro do funcionalismo, existem regras de transição, sendo a idade mínima de 56 anos para mulheres e 61 para homens. No caso dos professores serão cinco anos a menos de exigência, 51 e 56 respectivamente.
A Proposta de Emenda Constitucional 16, apresentada pelo governador “reduz drasticamente os direitos dos trabalhadores e atinge inclusive os aposentados. Consideramos esta PEC ainda mais grave que a medida provisória aprovada em Brasília”, denuncia Leão.
Os professores aposentados farão uma vigília no dia 2 de dezembro, em frente a Catedral de Curitiba. “Essa vigília tem o papel de denunciar para a sociedade o ataque violento, a redução dos salários, cuja a média já são os mais baixos do serviço público, que são dos(as) servidores(as) aposentados(as)”, destaca Professor Hermes Leão.