
A destacada revista científica inglesa The Lancet publicou os resultados da fase 3 de testes da vacina Sputnik V, apresentando um resultado de 91,6% de eficácia.
A matéria da Lancet enfatiza que o resultado foi de elevado índice de eficácia para todas as faixas etárias.
Os estudos revelam ainda que nenhuma caso de efeito adverso grave foi registrado entre todos os voluntários que receberam injeção do imunizante.
Os testes clínicos foram conduzidos em 19.866 voluntários, dos quais 4.902 formaram o chamado grupo placebo (a quem é ministrada injeção sem vacina).
Os resultados apontam que a capacidade de imunização cresce para 91,8% quando é considerada a idade acima de 60 anos (2.144 voluntários).
Ao final dos estudos, foram confirmados 62 casos de contaminação por Covid-19 nos que tomaram placebo, enquanto que, dentre os 14.964 efetivamente vacinados, apenas 16 apresentaram contaminação.
A Sputnik V provou que é 100% efetiva no que tange à prevenção de casos graves.
Para Alexander Gintsburg, presidente do instituto Gamaleya, que produz a vacina, os resultados “são um grande sucesso na batalha global contra a pandemia da Covid-19″.
Kiill Dmitriev, diretor do Fundo de Investimentos Diretos que patrocina a vacina, observou que a Sputnik V supera outras em termos de preço e facilidade de armazenamento e transporte (entre -2 e -8 graus centigrados), considerando-a “uma vacina para toda humanidade”.
Os fabricantes atribuem a eficácia ao fato da utilização de dois tipos de adenovírus (vírus atenuados) de influenza na sua formulação e que são usados, um em cada uma das duas aplicações, como fator que leva a uma defesa mais ampla.
“Esta vacina mostra-se altamente eficaz e imunogênica através dos diversos grupos etários”, declarou Cecil Czerkinsky, diretor de pesquisa do Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica.
Além da Rússia, 15 outros países da Europa, Ásia, América Latina, Oriente Médio e África já aprovaram a vacina e a estão ministrando a suas populações.