
No domingo, (16), o grande personagem da luta sindical, patriótica e democrática do Brasil, Rafael Martinelli, deixou a luta e passou para a história.
Raphael Martinelli foi um brasileiro como poucos. Conviveu com todos os presidentes da República, foi excluído da vida pública pelas perseguições do regime militar. Fundou com Mariguella a ALN (Ação Libertadora Nacional). Foi preso e manteve-se sempre firme na luta em defesa da democracia.
“Sempre que o presidente (Jango) precisava de alguma coisa, ele me procurava. Isso causava até um certo ciúme no meu partido, o PCB”, contou Raphael Martinelli, durante a homenagem ao centenário do ex-presidente João Goulart, realizada em setembro do ano passado na Assembleia Legislativa de São Paulo, por iniciativa da deputada Leci Brandão, do PCdoB.
Dirigente sindical de ponta. Foi trabalhador das ferrovias na década de 30 e 40 e assumiu as lutas em defesa dos trabalhadores e dos ferroviários. Participou da direção do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), entidade que liderou a luta sindical na década de 60.
Sua vida, no difícil período em que estamos passando, serve de exemplo a todos os patriotas. Vamos nos mirar na resistência do velho e bom camarada. Ele sempre se fará presente na memória daqueles que buscam a justiça e a emancipação do país e dos trabalhadores. O velório está ocorrendo no início da noite no Hospital Premier, na Avenida Jurubatuba, 481, no Brooklin, em SP.