
Dezenas de movimentos sociais, sindicais e femininos se reuniram, neste domingo (8), para celebrar o Dia Internacional da Mulher, em atos em vários pontos da cidade, como o Bairro do Recife, Brasília Teimosa, Nova Descoberta, Ibura e Morro da Conceição.
Na Praça do Arsenal, na região central da capital pernambucana, o festival Canta Mulher pediu o fim da violência e a garantia da democracia no nosso país.
O ato começou por volta das 16h, com apresentações musicais num palco montado na praça. Esta foi a nona edição do festival Canta Mulher. Entre as atrações estão as cantoras Nena Queiroga e Flaira Ferro.
O festival Canta Mulher é organizado pela União Brasileira de Mulheres (UBM) e pela Confederação das Mulheres do Brasil (CMB). As duas entidades foram criadas há 32 anos, após a promulgação da Constituição Brasileira de 1988.
“Nosso 8 de março, aqui no Recife, foi marcado pela arte, pela cultura e pelas vozes de mulheres conscientes do seu papel na transformação do mundo e na luta contra o retrocesso”, afirmou Luciana Santos, vice-governadora de Pernambuco.
“O Canta Mulher, realizado pela UBM e CMB com apoio de várias entidades e instituições, reuniu cantoras incríveis e mulheres de várias regiões do estado numa corrente de energia e força em defesa da democracia e pela igualdade de gêneros. Orgulho e alegria de participar desse momento e reforçar que a alegria é o combustível da resistência e nós lutamos oferecendo o que temos de melhor para a sociedade e para a construção de um futuro digno, solidário e igual. Viva o 8 de março! Viva a luta cotidiana das mulheres!”, completou

“Nossa vida depende da política e, quando nos sentimos ameaçadas, temos que gritar para o mundo e falar com as pessoas. As mulheres são as mais atingidas pela violência institucional do governo federal. Quando falta democracia, as mulheres são as mais atingidas”, afirmou Vanja Santos, presidente nacional da UBM.
Para Edna Costa, diretora Regional da CMB, é preciso que as mulheres se organizem para que a igualdade de gênero esteja cada dia mais próxima de ser alcançada.
“Neste ano, o Canta Mulher tem o tema ‘Democracia sim, censura nunca mais’. Temos conseguido nossos direitos paulatinamente, mas temos uma necessidade muito grande de nos organizar para avançarmos cada vez mais na luta”, declarou.
Entre as atrações que participaram do festival Canta Mulher estão Bia Marinho, Irah Caldeira, Nena Queiroga, Sônia Sinimbu, Talitha Accioly, Olívia Fancelo, Ylana Queiroga, As Severinas, Flaira Ferro, Vozes Femininas (poesia), Graça Nascimento (poesia), Joana Flor, Andressa Formiga, Sevy Nascimento, Fabiana Pirro.
Em outros quatro pontos da capital também foram realizadas ações, por movimentos sociais, para lembrar a data, nas comunidades de Brasília Teimosa e Ibura, na Zona Sul, e em Nova Descoberta e no Morro da Conceição, na Zona Norte.