
A apresentadora Sahar Emami estava no ar quando o ataque israelense ocorreu. Ela voltou a apresentar para denunciar o ataque
Ataque a míssil pelos nazi-israelenses atingiu a sede da TV estatal em Teerã, um indiscutível crime de guerra, que vem se somar ao assassinato, em Gaza, de 225 jornalistas, mais jornalistas do que em todas as guerras somadas desde a II Guerra Mundial.
As redes sociais mostraram, nesta segunda-feira (16), a apresentadora do canal IRIB, Sahar Emami, que transmitia ao vivo, tendo de interromper e deixar o local, enquanto a fumaça tomava conta do estúdio. Ao retomar a transmissão a jornalista denunciou o bombardeio israelense como um “ataque à liberdade de expressão e às vozes das mulheres, homens e crianças martirizados nos últimos dias”.
Vejam cenas do ataque à TV e comportamento aguerrido da apresentadora:
O vídeo da jornalista foi reproduzido pela Fepal. Outro vídeo mostra um andar do prédio em chamas.
A TV acusou Israel de tentar “silenciar a voz do Irã” com o ataque, do qual o próprio ministro da ‘Defesa’ de Israel, Israel Katz, se autoincriminou, sob a chamada “jurisprudência de Nuremberg”. Katz havia proferido, pouco antes, que “a população do Irã” iria pagar o preço pelo contra-ataque iraniano diante da agressão iniciada por Israel.
Vídeos compartilhados por moradores mostraram o prédio da TV rodeado por destroços. Há mortos e feridos, segundo a agência de notícias iraniana Tasmin.
Para os criminosos de guerra aboletados em Tel Aviv, a emissora de TV seria uma “cobertura civil para conduzir operações militares secretas com equipamentos e ativos do governo”, uma “explicação absolutamente alucinada, embora menos cínica do que a da Otan ao bombardear a TV iugoslava em Belgrado em 1999 (o “mapa” era antigo).
O Irã também condenou como crime de guerra bárbaro ao ataque israelense contra um hospital na cidade de Kermanshah, no oeste do país.
“Atacar hospitais e áreas residenciais, supostamente dirigidos por seu ministro da Defesa, é uma grave violação da lei internacional e crime de guerra. A história julgará: a vergonha eterna aguarda os apoiadores e apologistas do regime”, escreveu o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baghaei, em um post no X.
O ataque ao Hospital Farabi é outra prova da “natureza selvagem” do regime que mata crianças, disse a porta-voz do governo do Irã, Fatemeh Mohajerani. Ela disse que pelo menos 45 mulheres e crianças foram martirizadas e outras 75 ficaram feridas nos atos de agressão de Israel ao país nos últimos dias.
As vítimas civis desmascaram a falsa alegação do regime sionista de atacar “instalações militares”, ela acrescentou.