
A Rússia denunciou Israel de pôr em perigo um Airbus-320 com 172 passageiros civis a bordo. O avião se dirigia para pouso no aeroporto de Damasco quando aconteceram ataques aéreos de caças F-16 israelenses que dispararam oito mísseis ar-terra.
Segundo informou o Ministério da Defesa da Rússia, na madrugada de quinta-feira (6), na capital síria várias explosões foram ouvidas na região oeste da zona rural da cidade.
Segundo o representante oficial, general Igor Konashenkov, a saída da zona de ataque e a aterrissagem segura do avião foram possíveis graças às ações operacionais de controladores da capital e funcionamento efetivo dos sistemas de controle do tráfego aéreo. O avião de passageiros fez pouso de emergência na base aérea russa de Hmeymim.
O general sublinhou que em todo o mundo o tráfego dos aviões de passageiros é realizado em níveis de altitude conhecidos e que os sistemas de radar de Israel os detectam nitidamente. Ele também adicionou que os sistemas israelenses veem perfeitamente a situação aérea na zona do aeroporto de Damasco.
“A realização das operações de combate no ar pelo Estado-Maior israelense, utilizando aeronaves civis que desprezam a vida de centenas de civis inocentes, já se tornou uma prática comum para a Força Aérea israelense”, concluiu o general.
Pouco depois do incidente, o comando militar sírio já suspeitava da responsabilidade de Israel pelos lançamentos, que também visaram outras cidades e deixaram oito soldados feridos, além de danos materiais.
Esse é o segundo ataque de Israel contra o território sírio em menos de um mês. Em meados de janeiro, aviões israelenses realizaram bombardeios contra a base aérea de T-4, na província síria de Homs.