O Ministério da Defesa russo anunciou que o exército do país fez ataques à infraestrutura elétrica da Ucrânia causando vários apagões pelo país. “Todos os alvos designados foram atingidos,” anunciou o governo russo nesta segunda-feira. Foram usados no ataque armamento de longo alcance, drones e armas marítimas.
Oficiais das regiões de Zaporizhzhia, Rivne e Lviv na Ucrânia anunciaram nas redes sociais que a infraestrutura do país foi atingida e que ao menos 3 pessoas foram mortas. Outras regiões também foram atingidas.
O primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal Shmyhal, anunciou que o bombardeio aos sistemas elétricos obrigou a direção da grade de energia ucraniana a fazer cortes de energia para tentar estabilizar o sistema.
Demonstrando-se perturbado com a operação russa, o premiê afirmou contar “com o apoio dos nossos aliados” e aventou que “certamente faremos a Rússia pagar.”
Zelensky admitiu que foi “um dos maiores ataques combinados” e que foram usados mais de cem mísseis e cem drones no ataque.
O Ministério da Defesa russo divulgou uma lista de subestações de energia atingidas nas regiões de Kiev, Vinnitsa, Zhitomir, Khmelnytsky, Dnepropetrovsk, Poltava, Nikolaev, Kirovograd e Odessa assim como uma lista de estações termeléticas a gás, também atingidas nas regiões de Lviv, Ivano-Frankivsk e Kharkov.
O exército russo também bombardeou depósitos de armamento fornecido pelos Estados Unidos e satélites, barrando o suprimento de munições para o fronte ucraniano.
A força aérea ucraniana admitiu que o espaço aéreo foi penetrado por drones russos seguidos de mísseis balísticos rumo às regiões central, leste, norte e sul do país. Foi o ataque mais intenso desde o começo da guerra quando a Rússia invadiu o território ucraniano em fevereiro de 2022.
O exército russo começou a atacar a infraestrutura ucraniana depois do atentado à bomba contra a Ponte da Crimeia em outubro de 2022, de que acusa o governo Ucraniano, mas agora os ataques se intensificaram.
No início de agosto, o exército ucraniano invadiu a fronteira russa na região de Kursk. O governo russo acusou Kiev de cometer crimes de guerra na região e disse que conseguiu frear o avanço ucraniano.