A Câmara dos Deputados fez a leitura da segunda denúncia contra Temer, na terça-feira (26). Além dele, os O ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) do crime de organização criminosa. Temer é arrolado pelo crime de obstrução à Justiça.
A denúncia seguiu para a Comissão de Constituição e Justiça e eles terão até dez sessões para apresentar suas defesas. Depois da votação na CCJ, o caso vai para o plenário da Casa.
Com o andamento da denúncia, os partidos já começaram o troca-troca de titulares da comissão responsável pela primeira votação sobre a matéria. Jorginho Mello, do PR, e Expedito Netto, do PSD, que votaram contra Temer, estão na mira e podem ser substituídos. O suplente Carlos Melles, do Democratas, pode ser chamado mais uma vez a votar no lugar de um dos titulares do partido que ficaram contra Temer.
Temer também prepara a liberação de mais dinheiro para programas como o refinanciamento de dívidas Refis, aprovado na quarta-feira (27) pela Câmara depois que o governo concordou com uma proposta mais generosa do que a original. Contra a vontade da equipe econômica, que desejava preservar a arrecadação prevista de R$ 13 bilhões, a Casa Civil acertou uma proposta mais flexível, alterando as regras de refinanciamento das dívidas das empresas.
No dia em que a PGR apresentou a denúncia, 14 de setembro, o governo liberou R$ 65 milhões em emendas parlamentares. De acordo com levantamento da Rede Sustentabilidade, o segundo dia em que houve mais pagamento de emendas foi 19 de setembro, um dia antes de o Supremo Tribunal Federal concluir o julgamento que liberou o envio da denúncia para a Câmara.