Os servidores do Banco Central, que sem nenhuma contraproposta do governo em relação às suas reivindicações, retomaram nesta terça-feira (3) a greve da categoria, farão um protesto amanhã (4) em frente à sede do órgão, em Brasília.
O protesto acontecerá durante a decisão da taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom), entre às 17 e 19h.
Os servidores do BC reivindicam recomposição salarial de 27% e pautas de reestruturação de carreira. Os funcionários do BC estavam em greve desde o dia 1º de abril e, na semana passada, fizeram uma trégua na paralisação para aguardar alguma resposta do governo.
Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad, “não houve resposta à proposta da categoria nem contraproposta do governo durante o período de trégua” e, portanto, “a mobilização e paralisação por tempo indeterminado continua”.
O sindicato, assim como os representantes de todas as carreiras do funcionalismo público federal, considera que o reajuste de apenas 5% para os servidores, como vem sendo aventado pelo governo, “é insuficiente” e nem mesmo cobre as perdas inflacionárias dos últimos três anos.
“Em face da intransigência do governo, os servidores do Banco Central em todo o país voltaram a cruzar os braços a partir de 3 de maio. A intensificação do movimento reivindicatório se dá após meses de tentativas frustradas, por parte da categoria, de estabelecer uma agenda negocial com o Executivo durante o período em que a greve esteve suspensa”, diz o sindicato.