
Os servidores estaduais de Minas Gerais realizaram ato nesta segunda-feira (23), na Praça Sete, em Belo Horizonte, exigindo pagamento dos salários até o 5º dia útil, sem parcelamento.
A manifestação reuniu cerca de 1000 servidores contra o arrocho que o funcionalismo mineiro vem sofrendo com o parcelamento dos salários e a falta de reajustes desde 2016, quando o governador do estado, Fernando Pimentel (PT), definiu o parcelamento do salário de todos os servidores em três vezes. “Nós estamos há 3 anos com o salário parcelado, há 4 anos sem reposição das perdas salariais”, afirmou Marcelo Armstrong, diretor regional do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol/MG).
Durante o ato, os manifestantes atearam fogo em um caixão simbolizando o descaso do governo com os direitos dos trabalhadores.
O parcelamento dos salários atinge tanto trabalhadores da ativa quanto os aposentados, que sempre recebem menos ou são os últimos a receber. Em liminar expedida pela desembargadora Maria das Graças Silva Albergaria dos Santos Costa, da 3ª Câmara Cível de Belo Horizonte, a justiça mineira determinou o pagamento integral dos salários até o 5º dia útil de cada mês.
O governo de Pimentel, por meio da Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais (AGE-MG), recorreu à decisão judicial alegando não ter como pagar os salários porque a queda na arrecadação não permite.
O funcionalismo protesta ainda contra o sucateamento dos serviços de saúde, feitos através do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG). “Nós estamos aqui com os companheiros de todos os sindicatos reunidos, e estamos lutando contra esse governo, porque ele está fatiando o nosso salário, não repassa o dinheiro ao IPSEMG. O nosso hospital está todo sucateado e os funcionários públicos estão em dificuldade”, denuncia José Maria de Paula, diretor administrativo do (Sindpol/MG).
O mesmo acontece com o Instituto de Previdência dos Servidores Militares (IPSM), cujo atraso dos repasses teve início em 2016, e a dívida chega ao patamar dos R$ 3 bilhões.