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Frente a abril, ficaram no vermelho três das cinco atividades, com destaque para os transportes (-1,6%), diz IBGE
O volume de serviços no país ficou estagnado em 0,0% em maio frente a abril (+0,3%), com quedas em três das cinco atividades pesquisadas, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas nesta sexta-feira (12).
Nos 5 meses de 2024, o setor acumula alta de 2%. Já no acumulado dos últimos 12 meses “mostrou perda de dinamismo ao passar de 1,6% em abril para 1,3% em maio de 2024”, diz o IBGE. Em relação a maio de 2023, o setor variou 0,8%.
Em maio, “houve disseminação de taxas negativas tanto em termos setoriais, como em termos regionais”, afirmou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, ao dar destaque ao setor de transportes (-1,6%), entre os principais resultados negativos.
A queda na atividade de transportes foi “influenciada, principalmente, pela menor receita vinda do transporte aéreo, e, em seguida, do rodoviário coletivo de passageiros”, disse o pesquisador.
Resultados de Serviços em maio em relação a abril
· Serviços prestados às famílias (+3%)
· Serviços de informação e comunicação (-1,1%);
· Serviços profissionais administrativos e complementares ( +0,5%)
· Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,6%);
· Outros serviços (-1,6%).
Além do recuo na passagem de abril para maio, o grupo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,6%) marcou resultados negativos em todas as demais bases comparativas: queda de -4,8% frente a maio de 2023; um recuo de -2,4% no acumulado de cinco meses de 2024; e retração de -1,6% do verificado de 12 meses até maio.
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Em maio, ainda, 19 das 27 Unidades Federativas (UFs) registraram quedas no volume de serviços na comparação com mês imediatamente anterior, com destaques para Minas Gerais (-2,9%), Santa Catarina (-3,6%), Bahia (-4,1%), Maranhão (-8,7%) e Distrito Federal (-2,1%).
O setor de Serviços, que corresponde a cerca de 70% do PIB brasileiro e o que mais emprega no país, assim, como a Indústria e o Comércio, vem sendo sufocado pelo arrocho monetário imposto pelo Banco Central (BC), através das altas taxas de juros da economia (Selic), hoje em 10,5% ao ano – o que inibe os investimentos e o consumo de bens e serviços no país.
Sobre as duas atividades que registraram resultados positivos, o IBGE destaca a ocorrência do Dia da Mães, que permitiu uma expansão no volume de serviços prestados às famílias de 0,3%, recuperando a perda de 2,7% no mês de abril, além de alguns “eventos de grande magnitude”. A outra atividade foi do setor de serviços profissionais, administrativos e complementares, cuja expansão de 0,5% recuperou apenas parcialmente a queda de abril.