A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) defendeu na terça-feira (4) a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19.
“Embora a ocorrência de Covid-19 seja menos prevalente em crianças e adolescentes, não se pode desprezar a sua frequência e nem a possibilidade de evolução desfavorável, principalmente em grupos específicos como os portadores de cardiopatias congênitas ou adquiridas”, afirma a entidade em nota.
A entidade diz ainda que “a atual luz do conhecimento científico indica que a vacinação é importante para proteger todas as faixas etárias a partir de 5 anos”, e ressalta a importância da vacinação para reduzir a transmissão comunitária e, “assim, promover a proteção individual e coletiva”.
A posição da entidade, que foi presidida pelo ministro Marcelo Queiroga de 2020 até ele assumir o ministério, se contrapõe à posição do governo Bolsonaro e do próprio ministro, que resistiu até onde pôde à necessidade da vacinação das crianças.
No texto, a SBC cita uma série de órgãos de países como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Chile, Espanha, Portugal, Itália e Grécia, entre outros, que, assim como a ANVISA, recomendaram a vacinação infantil, e já vacinam crianças com menos de 12 anos.
Segundo a entidade, “nos EUA foram administradas em crianças de cinco a onze anos mais de 7 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19”.
“A vacina contra a Covid-19 em crianças vem mostrando alta eficácia e os benefícios superam os riscos da vacinação”, conclui a SBC.