O Supremo Tribunal Federal (STF) vai apoiar e acompanhar as investigações sobre ameaças de morte que foram feitas contra a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) e outros parlamentares por parte do “gabinete do ódio”.
Segundo o relato da deputada, as ameaças começaram a ser feitas depois que Nikolas Ferreira (PL-MG) divulgou um vídeo editado em suas redes sociais induzindo “seus seguidores à perseguição da deputada”.
Jandira Feghali, Renildo Calheiros (PCdoB-PE), Rogério Correia (PT-MG), Rafael Brito (MDB-AL) e a senadora Soraya Thronick (Pode-MS) se reuniram com o ministro do STF, Alexandre de Moraes, para discutir a denúncia-crime que foi apresentada sobre as ameaças.
Segundo a assessoria de Jandira, “o ministro Alexandre de Moraes afirmou que entrará imediatamente em contato com o diretor da PF, Andrei Rodrigues, para entrosar as informações e buscar desdobramentos no âmbito do STF o mais rapidamente possível”.
“A expectativa dos parlamentares é que a investigação seja incluída no âmbito dos inquéritos das milícias digitais”, que têm Moraes como relator.
Moraes também deverá avaliar as denúncias de crime de violência política sofridas por outras parlamentares.
O caso envolvendo Nikolas Ferreira aconteceu na CPMI do Golpe, quando o bolsonarista mostrou vídeos e prints provocativos citando a parlamentar. Jandira respondeu falando que Nikolas é “moleque”.
Logo em seguida, as ameaças contra ela começaram.
“É o modus operandi do gabinete do ódio atuando para tentar intimidar” a deputada e a CPMI. “Por meio de postagens tendenciosas, tentam induzir o público e estimular a onda de ódio e violência tão comum na rede bolsonarista”, explicou Jandira em uma publicação feita nas redes sociais.
A deputada apontou que “quando o desespero bate e não possuem argumentos, eles se fazem de vítimas e enfermos”.
“Gabinete do ódio” é como ficou conhecida a estrutura montada no governo Bolsonaro para atacar, de forma coordenada, opositores e adversários.