Até o momento, 6 dos 10 ministros da Corte se manifestaram pela punição. Ação contra Eduardo Zeferino Englert vai recomeçar dia 17
O STF (Supremo Tribunal Federal) formou, na terça-feira (7), maioria de votos pela condenação de mais 5 réus pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Dos 10 ministros, 6 se manifestaram no plenário virtual.
As penas sugeridas pelos magistrados variam entre 11 e 17 anos de prisão. A definição das penas de cada acusado será definida ao final do julgamento virtual, previsto para às 23h59.
São julgados os réus Fabricio de Moura Gomes, Moises dos Anjos, Jorginho Cardoso de Azevedo, Rosana Maciel Gomes e Osmar Hilbrand.
Todos foram presos pela Polícia Militar dentro do Palácio do Planalto.
As penas envolvem, por denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), os crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
Com a condenação, os acusados também deverão pagar R$ 30 milhões solidariamente com todos os investigados pela depredação e destruição do patrimônio público.
O Supremo já condenou 20 réus pela depredação e destruição da sede do STF, do Congresso e do Palácio do Planalto.
RETIRADO DE PAUTA
O Supremo julgava 6 ações penais, mas o caso de Eduardo Zeferino Englert foi retirado do plenário virtual. A suspensão ocorreu a pedido do relator, Alexandre de Moraes, logo a após a defesa apontar que havia erro no voto do ministro, que afirmava que Englert esteve acampando em frente ao QG (Quartel General) do Exército, em Brasília.
O voto afirmava que Englert esteve acampado em frente ao QG, mas segundo a defesa ele nunca esteve nos acampamentos com outros manifestantes.
O caso seguiu para revisão e o julgamento vai ser reiniciado no plenário virtual da Corte a partir de 17 de novembro.