O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria e manteve a decisão de recolher a arma que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) usou para ameaçar um jornalista negro, em outubro de 2022, por uma discussão política. Também fica suspensa sua autorização para porte de armas.
Nove ministros já votaram a favor de manter a determinação do ministro Gilmar Mendes, que mandou recolher a arma da deputada bolsonarista e suspendeu sua autorização para porte. O julgamento virtual acaba nesta sexta-feira (17).
Os votos foram dos ministros Gilmar Mendes, o relator, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Luiz Fux, Rosa Weber, presidente da Corte. Nunes Marques votou a favor da bolsonarista.
Falta o voto de André Mendonça.
Carla Zambelli teve que entregar a Taurus G3C que foi usada no caso em que perseguiu o jornalista Luan Araújo, eleitor de Lula, nas ruas de São Paulo às vésperas do segundo turno das eleições, período em que já é proibido o porte de armas.
A bolsonarista entrou com um recurso para que fosse novamente liberada a portar armas de fogo.
Gilmar Mendes afirmou que não existem “elementos suficientes” para sustentar a tese de que Carla Zambelli agiu em legítima defesa, que “exigiria demonstração inequívoca, ausente no contexto”.
Os vídeos mostram que ela tropeçou sozinha e depois perseguiu Luan Araújo. Um de seus seguranças disparou um tiro, que não atingiu o homem.
O ministro ainda falou que Zambelli só não foi presa em flagrante porque tem foro privilegiado, da qual a defesa da deputada quer abrir mão para que o julgamento saia do STF.
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