O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a quebra de sigilo bancário de 11 parlamentares para apurar o financiamento das manifestações contra a Corte e o Congresso Nacional.
A determinação aconteceu junto com a deflagração da Operação Lume, realizada pela Polícia Federal na manhã da terça-feira (16). A PF cumpriu 21 mandados de busca e apreensão.
Foram quebrados os sigilos bancários dos deputados federais Alê Silva (PSL-MG), Aline Sleutjes (PSL-PR), Bia Kicis (PSL-DF), Cabo Junio do Amaral (PSL-MG), Carla Zambelli (PSL-SP), Caroline de Toni (PSL-SC), Coronel Girão (PSL-RN), Daniel Silveira (PSL-RJ), Guiga Peixoto (PSL-SP) e Otoni de Paula (PSC-RJ) e do senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ).
Todos eles estiveram envolvidos e estimularam as manifestações golpistas.
O inquérito que corre no STF, que tem Alexandre de Moraes como relator, investiga o financiamento, produção e disseminação de fake news e ataques contra a Corte.
O objetivo tanto das operações de busca e apreensão quanto da quebra de sigilo é investigar o financiamento das manifestações contra o STF, como a feita no sábado (13), quando foram jogados fogos de artifício contra sua sede.
O ataque foi feito pelo grupo de extrema-direita “300 do Brasil”. Uma de suas lideranças, Sara Fernanda Giromini, foi presa pelo ato junto com mais cinco pessoas. O grupo ficou acampado por algumas semanas perto do Congresso Nacional para fazer suas manifestações dominicais.
A Operação Lume, deflagrada na terça-feira (16), teve como um dos alvos de busca e apreensão o deputado Daniel Silveira, que ficou conhecido por ter quebrado a placa em homenagem a Marielle Franco, vereadora assassinada em 2018.
Os blogueiros Allan Santos, fundador do canal “Terça Livre”, Camila Abdo, apresentadora do programa na internet “Direto aos Fatos”, Alberto Silva, do blog “Giro de Notícias”, Ravox Brasil, youtuber do canal Ravox Brasil e Otávio Fakhoury, colaborador do site “Crítica Nacional” também foram alvos da Operação.
Além desses, a Operação mirou o publicitário Sérgio Lima e o empresário Luís Felipe Belmonte, ambos ligados ao Aliança, partido de Bolsonaro que ainda não foi legalizado.