O Nordeste tem a maior taxa de subutilização entre jovens de 18 a 24 anos, ao atingir 45,7% no segundo trimestre de 2024, segundo um levantamento feito com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
No Brasil, no cômputo geral, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 16,2% no segundo trimestre deste ano, sendo a menor taxa para um trimestre encerrado em julho desde 2014.
No mesmo período, a taxa média de subutilização entre jovens de 18 a 24 anos foi de 26,7%, com cinco unidades federativas nordestinas liderando o ranking da subutilização jovem: Piauí (45,7%), Pernambuco (42,3%), Bahia (42,1%), Alagoas (41,6%) e Sergipe (41,2%). O levantamento foi feito pelo site Poder360.
Entre os destaques do Sudeste, a maior taxa média de subutilização entre os jovens ficou com Rio de Janeiro (33%), seguida por São Paulo (21,1%), Minas Gerais (19,6%) e Espírito Santo (15,1%).
Já as menores porcentagens de subutilização entre jovens estão: Santa Catarina (9,1%), Mato Grosso (11,3%), Rondônia (12%), Espírito Santo (15,1%) e Mato Grosso do Sul (14,8%).
O levantamento também demonstra que 4 dos 5 dos estados com maior taxa de subutilização entre os jovens contam também com os menores salários médios entre pessoas de 18 a 24 anos, com base no rendimento médio mensal das pessoas habitualmente recebido no trabalho principal: Bahia (R$ 1.195), Alagoas (R$ 1.236), Piauí (R$ 1.240), Pernambuco (R$ 1.266).
No Brasil, a renda mensal média de jovens de 18 a 24 anos foi de R$ 1.741 no segundo trimestre deste ano, sendo um valor 44,1% menor que a média entre todas as idades (R$ 3.113) no período.
