O Tribunal de Contas do Estado (TCE) suspendeu na segunda-feira, em São Paulo, o leilão que pretende privatizar a operação das linhas 5-lilás e 17-ouro do Metrô.
A licitação que deveria ocorrer na próxima quinta-feira (28) foi suspensa após o TCE acatar a representação do líder da bancada do (PT) na Assembléia Legislativa do Estado, deputado Alencar Santana Braga. O deputado alegou na petição que haveria prejuízo aos cofres públicos e irregularidades no edital. “A privatização que Alckmin quer fazer é um verdadeiro presente às empresas privadas, que não investiram um tostão e vão levar as linhas que renderão mais de R$ 10 bilhões no período de concessão”, afirma a nota da bancada. Os gastos para a realização das linhas foram em torno da R$ 22 bilhões, com previsão de lucro mínimo de R$ 10 bilhões. Porém o governo quer conceder as linhas por R$ 300 milhões.
MOBILIZAÇÃO
Na última quinta-feira (21), os trabalhadores do Metrô São Paulo se reuniram no Sindicato dos Metroviários de São Paulo para organizar o movimento da categoria para barrar a privatização das linhas. A categoria pretende realizar um ato de protesto em frente da Bolsa de Valores de São Paulo no dia 28, caso a suspensão do TCE seja anulada por conta de medidas recursais do governo. “Continuaremos nossa luta contra a entrega do patrimônio público à iniciativa privada. O Metrô de São Paulo é da população, foi construído com o dinheiro da população e deve cumprir sua função social e não gerar lucros para poucos”, afirmou o sindicato em nota nas redes sociais.