TSE proíbe imagens da campanha eleitoral ilegal de Jair em Londres

Ministro Benedito Gonçalves, corregedor do TSE. Foto: Antonio Augusto - Secom - TSE

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Benedito Gonçalves, proibiu que Jair Bolsonaro use imagens do discurso feito na sacada da embaixada brasileira em Londres, no domingo (18), na campanha eleitoral.

O ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, afirmou que a embaixada foi usada indevidamente.

“Os elementos presentes nos autos são suficientes para concluir, em análise perfunctória, que o acesso à Embaixada, por força do cargo de Chefe de Estado, foi utilizado em proveito da campanha. A repercussão do vídeo na internet, com mais de 49.000 (quarenta e nove mil) visualizações, demonstra que o alcance do ato não se restringiu ao pequeno grupo presente ao local”, afirmou.

Bolsonaro esteve presente no funeral da rainha Elizabeth II e, ao chegar, em Londres usou a passagem pela Embaixada do Brasil para fazer um discurso a apoiadores brasileiros no local em de campanha eleitoral.

Gonçalves atendeu o pedido feito pela candidata a presidente do partido União Brasil, Soraya Thronicke. Na ação, ela que Bolsonaro tem se “notabilizado pela utilização de eventos a que comparece na condição de chefe de Estado, custeados com recursos públicos e inacessíveis aos demais candidatos, com posterior divulgação em meios oficiais e redes sociais de campanha, para promoção de sua candidatura à reeleição”.

O ministro do TSE afirmou que, “ao propiciar contato direto com eleitores e favorecer a produção de material de campanha, é tendente a ferir a isonomia, pois explora a atuação do Chefe de Estado, em ocasião inacessível a qualquer dos demais competidores, para projetar a imagem do candidato”.

Gonçalves disse que é preciso “cessar os impactos anti-isonômicos do aproveitamento das imagens do discurso na Embaixada em favor das candidaturas dos investigados”.

Na avaliação do corregedor, “a utilização dessas imagens na propaganda eleitoral é tendente a ferir a isonomia, pois utiliza a atuação do Chefe de Estado em ocasião inacessível a qualquer dos demais competidores, para projetar a imagem do candidato”.

“É patente, portanto, que o fato em análise é potencialmente apto a ferir a isonomia entre candidatos e candidatas da eleição presidencial, uma vez que o uso da posição de Chefe de Estado e do imóvel da Embaixada para difundir pautas eleitorais redunda em vantagem não autorizada pela legislação eleitoral ao atual incumbente do cargo”, constatou.

Benedito Gonçalves determinou, ainda, que a postagem das imagens feita pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) seja excluída de uma rede social.

Relacionada:

https://https://horadopovo.com.br/wp-content/uploads/2023/07/Batmovel-1.jpg.com.br/soraya-pede-ao-tse-para-investigar-conduta-ilicita-de-bolsonaro-em-londres/

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *