A urgência da construção de uma ampla frente de combate ao governo Bolsonaro, a luta pela reativação da economia e o fortalecimento da unidade do movimento sindical e dos movimentos sociais em torno da democracia e da abertura de novas perspectivas para os trabalhadores foram os principais pontos defendidos pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) na videoconferência que reuniu a direção nacional da entidade no último dia 24.
“A CTB reafirma seu compromisso de lutar pelo fortalecimento do Fórum das Centrais, pugnar pela unidade com organizações, movimentos, personalidades democráticas e todos aqueles que não aceitam o desvario autoritário do governo Bolsonaro”, diz a resolução aprovada pela Central.
Segundo o documento, “o governo Bolsonaro tem grande responsabilidade pela tragédia sanitária do país, ao se omitir da coordenação do combate à pandemia e contrariar todas as medidas de prevenção orientadas pela Organização Mundial da Saúde”.
“O saldo dramático é que o Brasil ocupa o segundo lugar no número de mortos com a Covid-19, com mais de 85 mil óbitos até o momento”.
A resolução denuncia que além da crise sanitária, “o país vê a economia afundar ainda mais” e cita os 12,8 milhões de desempregados, os 28,7 milhões no subemprego e os 43% das famílias brasileiras sobrevivendo com o auxílio emergencial e mais de meio milhão de micro e pequenas empresas fechadas só a partir do período da pandemia”.
“Nestas circunstâncias, mais do que nunca é imperiosa a luta pela construção de uma ampla frente de combate ao governo de extrema-direita, premissa para salvar o Brasil do caos e abrir novas perspectivas para os trabalhadores e trabalhadoras. Ênfase deve ser dada para a reativação da economia, injetando dinheiro novo na economia, com expansão da base monetária, taxando grandes fortunas e outras medidas de redução dos ganhos abusivos do setor financeiro”, afirma o documento.
Segundo a CTB, “a luta dos trabalhadores e trabalhadoras, do povo e de todas as forças democráticas cresce e conquista vitórias importantes. No parlamento, destaque para a recente aprovação, na Câmara Federal, do novo Fundeb, a ampliação dos valores e do prazo de vigência do auxílio emergencial, inclusive com a incorporação dos agricultores familiares no rol dos beneficiários, a caducidade da MP 927/2020 e a redução de danos em outras medidas contrárias aos direitos da classe trabalhadora”.